sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Nada melhor que seu própio ponto para relatar sua vida!

Quando Deus andou no mundo
uma luz lhe acompanhou
e eu não sabia que era ela
a dona de meu amor

Ela foi passada com quinze anos
dentro da rua da Guía
eu vou lhe dizer seu nome
ela se chama Mestra Ritinha 

Ela foi para sua mãe
uma filha querida e adorada
Mas por não ouvir os seus conselhos 
levou sete pexeiradas

As amigas lhe chamavam
Pro caminho malícia
e no dia de seu enterro
só quem foi, foi a polícia

Mais quando vinha o cortejo 
com aquele negro caixão
as despeitadas diziam
"descansei o meu coração!"

O dia do seu enterro
foi um dia de alegria
todos os homem choravam
todas mulheres sorriam

A Jurema quando nasce 
a ciência ela já traz
eu só peço as filhas dela 
que obedeçam aos seus pais

Me sustente o ponto e não deixa cair 
que Ritinha chegou mas não é daqui!

Ritinha,Cadê o teu colar de ouro?
está no pé de Exú Caveira
Ritinha, já mandou buscar
E cadê o seu anel de pérola
mas cadê o seu anelão
o que Ritinha ganhou de um macho
na zona de Ribeirão.

A mestra Ritinha tem um bole-bole
a mestra Ritinha tem um bole-bole
Tem a cintura fina e as cadeiras moles.

São mourão que não bambeia
São mourão que não bambeia
as filhas de Ritinha são mourão que não bambeia!

ô ritinha onde estais
que não ouve o meu chamado(bis)

Senhora mestra do outro mundo
do outro mundo e desse também(2x)
eu tô chamando a mestra ritinha 
nas horas de deus amém(2x)


Todo coqueiro abalava
todo coqueiro tremia
quando ritinha chegava
pra dentro da rua da guia 

Um comentário:

  1. Minha filha, olha sei que você é uma grande Juremeira. E peço a Eledumare os Orixas e Ritinha para te dar sempre a proteção.
    Sua Ciência foi Deus quem deu mais a sua semente foi eu.
    Yalorixa Gio ti Oya

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